Jewish-Christian Relations

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Artigos | Observações & Experiências (476)

| 30.04.2006

Diálogo sobre Desinvestimento

Comentário por Rabbi Jonathan Sacks
Carta do arcebispo Rowan ao rábi Jonathan
Sínodo em desinvestimento mostra má cara a Israel
Caterpillar: Nenhumas razões correntes por desinvestimento
Caterpillar: O Grupo Consultivo de Investimento Ético confirma a decisão anterior
Em Necessidade de Diálogo sobre Desinvestimento
Área dos países arábicos e islâmicos em comparação com a área de Israel

Comentário

por Rabbi Jonathan Sacks
Do The Jewish Chronicle (Londres)

O voto do sínodo da Igreja de Inglaterra (Church of England) para “atender” uma chamada para desinvestimento de certas companhias associadas com Israel foi injudicioso até nos seus próprios termos. O resultado imediato será reduzir a capacidade da Igreja de agir como força para paz entre Israel e os palestinenses pelo tempo em que a decisão ficar em vigor. A essência da mediação é a disposição de escutar ambos os lados.

A escolha do tempo não podia ser mais imprópria. Israel arriscou guerra civil executando a retirada de Gaza, a primeira vez na história do Médio Oriente que uma nação evacuou território ganhado numa guerra defensiva sem nenhuma única concessão, até a mais nominal; de outro lado, Israel enfrenta dois inimigos, o Irã e a Hamas, abertos na ameaça destes e o eliminar. Ele precisa de apoio, não de vilificação.

Durante anos apelei a grupos religiosos na Grã-Bretanha para enviar uma mensagem de amizade e coexistência a zonas de conflito no mundo inteiro, em vez de importar tais conflitos na própria Grã-Bretanha. O efeito do voto do sínodo vai ser o contrário. A Igreja escolheu de tomar posição nas políticas do Médio Oriente, sobre as quais não tem influência, sabendo que vai ter as repressões mais adversas numa situação, sobre a qual tem influência enorme, a saber, as relações judaicas-cristãs na Grã-Bretanha.

Isso é porque não podemos deixar a coisa descansar. Se tiver havido uma vela de esperança acima de todas as outras depois do Holocausto era aquela que judeus e cristãos pelo menos aprendessem a conversar uns com os outros depois alguns 17 séculos de hostilidade que levou a exílios expulsões, guetos, conversões forçadas, disputações encenadas, libelos, inquisições, queimações na estaca, massacres e pogroms. Não devemos deixar que essa vela seja apagada.


Carta do arcebispo Rowan ao rábi Jonathan

10 de fevereiro de 2006

Caro Jonathan:

Houve muito comentário adverso sobre a resolução passado na segunda feira passada pelo Sínodo da Igreja da Inglaterra para rever os seus investimentos em certas companhias envolvidas em territórios palestinenses, sendo causado muita aflição, especialmente aos nossos amigos e vizinhos judaicos aqui e alhures. Essa aflição é causa de pesar profundo, como alguém que estava presente, e possa ajudar a mim para esclarecer o que essa resolução disse e não disse e, ainda mais importante, o que implicou e não implicou.

O Sínodo, por sua ação, não resolveu a desinvestir; embora a resolução foi resposta a chamada da nosso igreja irmã na região para desinvestir, a nossa resposta tomou a forma de decidir (de acordo com a resolução do Conselho Consultivo Anglicano internacional do junho passado) para continuar a examinar a nossa política, para nos engajar com companhias sobre as quais tínhamos assuntos e, especialmente, para encorajar uma visita de encontrar-fato à Terra Santa Isso, naturalmente, está em linha com o conselho do Grupo Consultivo de Investimento Ético da Igreja.

A maioria no Sínodo estava clara e particularmente infeliz com a idéia de a Igreja levasse proveito duma política específica e controversa de segurança. A demolição de moradias palestinenses nos anos recentes foi fonte regular de controvérsia, levantando assuntos morais de alguma seriedade. Registrar a nossa preocupação com isso e rever se deveríamos ou poderíamos continuar com uma política de investimento que aparecia aceitar algo com que estávamos profundamente inconfortáveis é enfaticamente não encomendar um boicote, ou questionar a legitimidade do Estado de Israel e os direitos deste a autodefesa; de maneira nenhuma é endossar qualquer espécie de violência ou terror contra Israel e o povo deste, ou comprometer o nosso cometimento para nos opor a qualquer forma de anti-semitismo em casa e fora. Ninguém no Sínodo teria simpatia de um momento com qualquer uma hostilidade tal, e creio que isso foi esclarecido no debate atual do Sínodo, onde preocupações foram levantadas e plenamente aceitas sobre os sofrimentos das comunidades judaicas bem como de outras na Terra Santa.

Pediríamos que aqueles que foram mais críticos da resolução aceitassem que o foco do que foi resolvido era questão genuína e conscienciosa sobre uma política específica e o nível específico de envolvimento de certas companhias. Um processo tem sido iniciado agora, em que espero que todas as partes interessadas vão ter a oportunidade plena para declarar o seu caso. Está especialmente infortunado que isso surgiu num tempo quando, como estamos bem cientes, anti-semitismo está ameaça crescente e quando o Estado de Israel encara alguns desafios muito particulares, não só a respeito da administração nova nos territórios administrados pela Autoridade Palestinense, mas também em qualquer lugar na região.

Devo repetir que nenhum no Sínodo endossaria qualquer coisa que pudesse só aparecer endossando palavras e ações terroristas ou anti-semitas. Mas há preocupação real que esperamos que os nossos colegas judaicos em Israel nos ajudem aderir honesta e construtivamente.

Conhecimento apropriado e comunicações caras são essenciais. Quero que saibais saber que estou cometido para um engajamento pessoal continuado com as comunidades judaicas em Israel e no Reino Unido. Sei da nossa amizade de longa duração justamente como muito há ainda a ser aprendido neste país sobre as coisas positivas e construtivas que estão sendo feitas por tão muitos para trazer esperança e paz na face da violência e ódio.

Com qualquer desejo bom,

Rowan Cantuar


Sínodo em desinvestimento mostra má cara a Israel

por Ruth Gledhill
Texto inglês - February 07, 2006

A Igreja da Inglaterra está para encarar condenação de líderes judaicos depois que votou para desinvestir de companhias cujos produtos estão sendo usados pelo governo israelense nos territórios ocupados.

Numa moção surpreendente, o Sínodo Geral votou a endossar um pedido da Igreja Episcopal de Jerusalém e do Médio Oriente para “investimento moralmente responsável nos territórios ocupados palestinenses”.

Em particular, o Sínodo endossou o pedido de Igreja de Jerusalém para comissários da Igreja desinvestirem de “companhias que tirassem proveito da ocupação ilegal”, tais como Caterpiller Inc. Caterpiller, uma companhia dos EUA, fabrica bulldozers (viaturas lagarta com colherão para empurrar) usadas na desobstrução em projetos de desocupação nos territórios ocupados, e também usadas por palestinenses na sua própria obra de reconstruir.

A moção foi esmagadoramente, apesar de um grupo forte para pedir votos de membros líderes da comunidade judaica da Grã-Bretanha, preocupados de que o direito de Israel de se proteger de bombadores suicidas e outros ataques palestinenses de terror não fossem comprometidos. No tempo, foi feita para debater uma moção de emenda, apresentada por Anglicanos para Israel, o grupo novo e influente de lobby pro-Israel.

A moção veio de Keith Malcouronne, membro leigo da diocese Guildford. Ele insistiu que o sínodo “atenda o pedido da nossa igreja irmã, a Igreja Episcopal em Jerusalém e do Médio Oriente, para investimento moralmente responsável nos territórios ocupados palestinenses e, em particular, para desinvestir de companhias que tiram proveito da ocupação ilegal, como Caterpillar Inc., até essas mudarem as suas políticas”.

O sr. Malcouronne urgiu também os membros do sínodo a visitarem Israel “para ver as demolições recentes de casas”. Urgiu o Grupo Consultivo de Investimento Ético da Igreja, o corpo que resistia a pressões recentes de corporações de campanha pro-Palestina para desinvestir de Caterpiller, para “dar peso à ilegalidade sob lei internacional dos ativistas nos quais o equipamento da Caterpiller Inc. está envolvido.

Os comissários da Igreja têm £2.2 milhões de ações na Caterpiller. Embora o voto não signifique que essas serão necessariamente vendidas, porque os comissionários não têm de cumprir, ele tem simbolismo grande.

A aflição da comunidade judaica vai ser aumentada pelo fato de que o voto de desinvestir foi endossado pelo arcebispo de Canterbury, o dr. Rowan Williams. Por contraste, o dr. Williams não comentou a vitória da Hamas na eleição palestinense recente, uma organização cometida para destruir o Estado de Israel.

Entre aqueles esperados a serem irritados está o Board of Deputates of British Jews [a Mesa de Deputados dos Judeus Britânicos], que no último sínodo tinham uma representação especial, a primeira deste gênero, numa tentativa de explicar a reivindicação de Israel e as necessidades deste para se proteger dos ataques de terror incessantes pela sua comunidade palestinense.

Espera-se que também o rábi chefe dr. Jonathan Sacks esteja preocupado, como o é o arcebispo anterior de Canterbury, Lord Carey de Clifton, que acha que a Igreja deve suportar Israel. O Judaísmo é a religião-mãe da Cristandade e o próprio Jesus Cristo era judaico.

No debate, o sr. Maclouronne disse que bispo de Jerusalém, o Right Rev Riah Hanna Abu El-Assai, lhe escrevera, urgindo a causa de desinvestimento.

O bispo de Chelmsford, o Right Rev John Gladwin, disse que os cristãos na Palestina estariam no desespero. Embora recados recentes indicassem nível alto de perseguição moslêmica de cristãos em Israel, o bispo Gladwin culpou o governo israelense pela reivindicação deste.

O bispo Gladwin disse: “Caterpillar pode ser uma companhia sendo usada para assuntos horríveis ao redor do mundo, mas o problema não é Caterpillar. O problema é a situação no Médio Oriente e o governo de Israel,” disse.

O Revdº Somon Butler de Southwark, sul de Londres, advertiu Caterpiller que “no nosso entendimento de pecado, atos têm conseqüência.”

Mas o bispo de St. Albans, o Rt Rev Christopher Herbert, que é presidente do Conselho de Cristãos e Judeus, sugeriu que o debate estivesse desequilibrado. Disse que haveria uma “fé e esperança” na comunidade judaica de que o mundo cristão entendesse a perspectiva deles em tais debates, mas o sínodo não refletira a complexidade da situação.

No verão passado, o Conselho Consultivo Anglicano, que representa a Igreja mundial, endossou uma reportagem que urgiu desinvestimento de companhias que “suportam a ocupação”.

O lorde Carey disse que, no tempo, a aprovação do relato seria “desastroso” para os esforços de paz na região. Disse que os israelis já sentiriam traumatizados por ataques a eles, sendo isso “mais uma faca nas costas deles”.

O escritório do rábi chefe e a Mesa dos Deputados também fizeram representações fortes ao dr. Williams. Um porta-voz para o rábi chefe disse no verão passado que a política de desinvestimento “seria, não somente desviada particularmente no tempo presente, mas teria efeitos incômodos nos elos estabelecidos há muito tempo entre as comunidades judaica e anglicana ao redor do mundo.”


Caterpillar: Nenhumas razões correntes por desinvestimento

THE CHURCH OF ENGLAND - 19 September 2005

Uma revisão robusta e rigorosa da acionista Igreja de Inglaterra na Caterpillar Inc. – fabricante de equipamento de construção e mineração – resultou numa decisão pelo Ethical Investment Advisory Group [EIAG = Grupo Consultivo de Investimento Ético] da Igreja para não recomendar desinvestimento neste tempo.

Em maio deste ano, a EIAG se cometeu a um período de consultação e engajamento seguido a representações que lhe foram feitas sobre o investimento da Igreja na Caterpillar. O Grupo foi informado na sua decisão pelo fato de que houve vendas para alguns anos agora, e isso, junto com possibilidades nas negociações políticas delicadas presentes, a fez no tempo errado recomendando desinvestimento. No entanto, a EIAG não estava clara de que, fossem venda a resumir, o assunto teria de ser revisado.

A EIAG tem agora despachado esta resposta às partes interessadas:

Em maio, seguindo representações feitas sobre o uso de equipamento Caterpillar no conflito israeli-palestinense, o Ethical Investment Advisory Group (EIAG) deu consideração cuidadosa ao investimento da Igreja de Inglaterra na Caterpillar Inc. Como resultado, se cometeu a um período de consultação e engajamento com as partes interessadas incluindo a companhia e grupos representantes a opinião judaica palestinense e cristã. Isso foi realizado durante o verão. O grupo está agradecido pela contribuição pensativa feita por todos aqueles que o consultou. Engajamento com Catepíller e outras partes continuarão.

A EIAG se reuniu em 12 de setembro para refletir ainda sobre as representações que recebera. O Grupo escutou cuidadosamente a muitos pontos que foram feitos, tentando balançar as suas recomendações com as suas reflexões sobre a informação que foi acolhida. Como resultado desse processo, a EIAG determinou:

  • que a sua decisão de maio de não advogar desinvestimento da Caterpillar deve ser continuada, particularmente no tempo presente de fluididade, dado o desengajamento de Israel em Gaza.
  • No entanto, a EIAG preocupada como os usos aos quais as autoridades israelis puseram máquinas Caterpillar no passado. Vai, portanto, ativamente monitorar a situação rever essa decisão rigorosamente se vendas futuras forem feitas que parecem provavelmente resultar em destruição de infra-estrutura ou pôr vidas ou meios de vida a risco.
  • Como parte da reflexão, a EIAG acha que um diálogo ao redor do investimento e reconstrução em tanto Israel quanto Palestina é crucial se condições que permitam paz e justiça para prevalecer forem a serem nutridas.

O presidente da EIAG, o Vem Ian Russell (arquidiácono de Coventry 1989-2000), disse: “Temos agora olhado com grande cuidado em assuntos tanto de fato como de princípio numa situação que é nem simples nem estática. Visões fortemente mantidas nos puseram sem convicção nem força. Conduzimos essas circunstâncias correntes não justificam recomendação para desinvestir, mas isso será essencial para continuemos manter o contato estreito com desenvolvimentos relevantes.”

Notas:

A Igreja de Inglaterra estabeleceu a EIAG em 1944 para oferecer conselho e orientação e para co-ordenar a política sobre assuntos de investimento para as corporações centrais de investimento da Igreja: os Comissários da Igreja, a Mesa Central das Finanças e a Mesa das Pensões da Igreja da Inglaterra. A EIAG está também responsável para manter a política sob revisão para segurar a sus relevância contínua.

A EIAG não tem poderes de investimento próprios, mas age numa capacidade inteiramente consultiva. É a responsabilidade dos comissários de cada corporação de investimento separadamente constituída decidir se implementar o conselho dado.

O investimento na Caterpillar Inc. foi estimado no fim do último ano financeiro como justamente sob £2.2 milhões. Os Comissários de Igreja possuíam ações no valor de alguns £2 milhões, e o CBF Church Funds £190.000.


Caterpillar: O Grupo Consultivo de Investimento Ético confirma a decisão anterior

THE CHURCH OF ENGLAND - 7 MARCH 2006

O Grupo Consultivo de Investimento Ético da Igreja de Inglaterra, depois consideração cuidadosa numa reunião especialmente convocada, para discutir Caterpillar Inc. – fabricante de equipamento de construção e mineração – tem unanimemente reafirmado a sua decisão prévia, tomada em setembro de 2005.

A decisão envolve: não recomendar desinvestimento de Caterpillar; continuar o seu programa de engajamento com Caterpillar; e esclarecer a sua intenção de revistar esta decisão, se houver novas vendidas de equipamento Caterpillar às forças de defesa israelis para o uso de demolição de casas palestinenses.

A AIAG, cujos membros incluem alguns nomeados pelos três corporações investidoras de Igreja da Inglaterra (a Church Commissioners, a Central Board of Finance e a Pension Board) e representantes da Mission e do Public Affairs Council, do Archbishop’s Council e do Sínodo Geral, é responsável para dar conselho de investimento ético a três corporações de investir da Igreja. Só as três corporações têm autoridade legal para tomar decisões de investimento.

John Reynolds, presidente da EIAG disse: a EIAG reporta regularmente ao Sínodo Geral, sendo gratificado pelo que vê como o nível surginte de interesse na nossa obra e, em particular, pelo desejo do Sínodo Geral de debater o nosso recado e as recomendações específicas que fizemos. Reconhecemos plenamente que por vezes esse interesse vá ser crítico, levando a propostas de que a EIAG reconsidere recomendações que tem feito.

“A EIGA reconhece que o tópico particular debatido pelo Sínodo é tremendamente contencioso, tendo os membros da EIAG, como outros cristãos, percepções diferentes da situação no Médio Oriente. O grupo em geral, e os seus oficiais em particular, gastaram incomumente muito tempo no engajamento com Caterpillar e com vários grupos que representam palestinenses e israelis, tentando opinião judaica e cristã influenciar a sua decisão.”

A EIAG bem reconhece também que outros terão gastando muito tempo nesse assunto, adquirindo muito conhecimento sobre a situação. Por essa razão, e como uma corporação que dá contas ao Sínodo Geral, a EIAG tomou a resolução muito seriamente considerando, no seu encontro especial, todos os pontos feitos no debate e dando peso particular à carta que recebera do bispo de Jerusalém, bem como aquele que que foi citado no debate.”

Entregando a sua decisão, a EIAG tinha em mente as considerações seguintes:

  • O assunto da política do investimento ético da Igreja de Inglaterra é evitar levar vantagem de empreendimentos engajados em atividades que são ou más ou somente controversas entre cristãos como minando a credibilidade e unidade do testemunho da Igreja. A decisão da EIAG foi tomada no contexto específico de que não há vendas correntes ou projetadas de equipamento Caterpillar para uso pelo governo israelense; Caterpillar vendeu o seu equipamento a uma corporação do governo dos EUA, não tendo vendas diretas ao governo de Israel; e a EIAG não podia encontrar de que Caterpillar é ou foi cúmplice em abusos de direitos humanos.
  • O assunto da política de investimento ético é não se engajar em ações punitivas ou fazer gestos públicos, seja quanto outros indivíduos possam, em outros contextos, apoiar tais ações.
  • Desinvestimento é, por definição, ação de recurso último, terminando a possibilidade de engajamento com a companhia. Como engajamento acarreta riscos – a não ser uma carga cujo engajamento for somente para mostrar – a EIAG concluiu que o engajamento que tivéramos com essa companhia está produtivo, justificando o esforço intensivo que foi e continuará ser aplicado. Em particular, a companhia está muito bem ciente de que, se as vendas forem para resumir a matéria imediatamente a serem levadas de volta ao Grupo para qualquer reconsideração ativa, e que os riscos para a reputação da companhia são muito reais.
  • A EIAG continuará alcançar a sua própria conclusão sobre se a Igreja de Inglaterra esteja tirando proveito de vendas continuas de equipamento para fins contrários à nossa política ética de investimento e se, portanto, recomendar desinvestimento em alguma data futura.

John Reynolds explicou: “Até esse ponto, era aparente que em ambos os lados desse argumento muito difícil houve reconhecimento da qualidade do engajamento que caracterizou a obra da EIAG e especialmente dos seus oficiais, e que se tem engajado em processos sérios de ouvir e pesquisar, antes de chegar a sua conclusão; esperamos que esta nota de explanação vá ser recebida na mesma veia.”


Em Necessidade de Diálogo sobre Desinvestimento

Edward Kessler

O mês passado testemunhou um desacordo publico surpreendente entre o arcebispo de Canterbury e o rábi chefe sobre desinvestimento e do impacto desde nas relações anglicanas-judaicas.

Em 6 de fevereiro de 2006, o Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra votou a favor de remover investimentos que foram vistos como “tirando proveito de ocupação ilegal de terra palestinense”. Embora o arcebispo de York, John Sentamu, se abstevesse no voto, o arcebispo de Canterburry, Rowan Williams, votou a favor. Uma semana depois, o rábi chefe, Sir Jonathan Sacks, escreveu um artigo de uma página no Jewish Chronicle, o jornal judaico mais antigo na língua inglesa no mundo, criticando a decisão e sugerindo que representasse uma crise nas relações judaicas-cristãs. Desde então, o comitê da Igreja de Inglaterra responsável para investimentos rejeitou a recomendação do sínodo, e o rábi chefe e o arcebispo de Canterbury tiveram uma dupla de encontros privados para clarificar o ar. O arcebispo esclareceu também a sua posição a seguir em correspondência com o rábi chefe, e consultações anglicanas-judaicas ulteriores estão a caminho.

Contudo, o que levou dois líderes tão bem respeitados, ambos dos quais estando profundamente cometidos para o diálogo judaico-cristão, para dentro do conflito?

Uma historia se conta dum casal procurando conselho de rábi para ajudar a superar problemas maritais. O rábi vê o marido primeiro, e este explica como a sua esposa é o problema: ela não entendeu a pressão que ele enfrenta no trabalho, respondeu mal à sua crítica amigável. O rábi escuta cuidadosamente e disse a ele: “Tens razão.”

A seguir, a esposa entra. O marido dela é o problema, ela diz, ele não entende as dificuldades de criar uma família, nem suporta as crianças. O rábi escuta cuidadosamente e diz a ele: “Tens razão.”

Quando o rábi vai para casa e conta à sua esposa sobre a visita deles, ela o pergunta: “Como poderiam ambos ter razão?” Ele pensa um momento e diz a seguir: “Tens razão.”

A certa extensão, tanto Rowan Williams quanto Jonathan Sacks tem razão. O arcebispo, pela natureza da sua posição como cabeça da Comunhão Anglicana, está solicitado a responder aos assuntos duma Igreja sitiada, nos caso da Igreja Anglicana em Jerusalém. A cabeça desta, o bispo Riah Abu El Assai, é conhecido pela sua solidariedade de todo o coração com a causa palestinense.

É claro que a vida cristã está particularmente desafiadora para essa minoria. Os israelis estão extremamente aflitos sobre as conseqüências de um governo recentemente da Hamas eleito, mas os cristãos palestinenses também o estão. Votando a favor da moção no sínodo, o dr. Williams (e os bispos) explicaram que estiveram expressando apoio para os seus irmãos cristãos.

No entanto, os críticos sugeriram que agiram tolamente, porque falharam considerar as conseqüências mais amplas para as relações anglicanas-judaicas, falharam e oferecer uma visão balanceada, e falharam a fazer contribuição positiva para as relações entre israelis e palestinenses.

Ao mesmo tempo, o rábi chefe tem razão. O Estado de Israel, tendo-se retirado unilateralmente de Gaza, está atualmente encarando um ambiente particularmente hostil. Não só têm os palestinenses votado para um governo devotado a destruição dele, há também ameaças bem publicadas de países nos Médio Oriente mais amplo. A isso, um surgimento de anti-semitismo na Europa, muitas vezes sob o pretexto de anti-sionismo, deixou a comunidade anglo-judaica se sentir vulnerável e sob ataque. O dr. Sacks tem de cuidar do seu rebanho, e o seu artigo do Jewish Chronicle desta semana explora respostas apropriadas para judeus que se sentem sob assedio.

No entanto, críticos sugerem que os judeus precisam aceitar um grau mais alto de crítica a Israel, sem trazer acusações de intento ou conseqüência de anti-semitismo. Eles precisam também de um reconhecimento mais amplo e de crítica, quando tratamento duro de famílias palestinenses ocorrer, seja o arrasar de casas e bosques de oliveiras, ou tratamento mau nos pontos de controle.

Outro problema é que, embora o dr. Sacks e o dr. Williams estejam escrevendo e falando primariamente a sua própria clientela, as suas declarações e artigos públicos são lidos com muito cuidado pela outra comunidade de fé. Nisso jaz uma dificuldade particular do diálogo inter-fés. O princípio de diálogo, promovido pelo teólogo judaico Martin Buber e outros e adotado por muitos, inclusive o papa João Paulo II, é tentar entender “o Outro” com o Outro quer ser entendido. Em outras palavras, Judaísmo e Cristandade são cada um para ser entendo nos seus termos próprios.

Esse é um exercício imensamente difícil. O voto do arcebispo no sínodo e a resposta do Rábi chefe se parecem ter concentrado somente nas ansiedades das suas próprias comunidades. Em outras palavras, nos últimos dias testemunhamos monólogo antes diálogo.

Tanto o dr. Sacks como o dr. Williams têm agora percebido esse perigo, e chamaram para um diálogo e “conhecimento adequado”, antes que pressões chegassem a ser seriamente destruidoras e o golfo perigosamente largo. Num dia, é certamente salutar para judeus ouvir os assuntos anglicanos sobre a situação dos palestinenses, a qual “levanta assuntos morais de alguma seriedade”. Ao mesmo tempo, os anglicanos estão sendo propriamente relembrados pelos judeus que eram só justamente 15 anos que (a reunião) de Lambeth recomendou aos anglicanos que se engajassem num diálogo com o Judaísmo e mostrassem “disposição de escutar o parceiro, tentar ver com os seus olhos e sentir com o seu coração”.

Num diálogo, o dr. Sacks precisa ser ouvido quando sugerir que a Igreja deva, “em vez de penalizar Israel, investir na economia palestinense”, porque o gesto presente “ferirá os israelis e os judeus sem ajudar os palestinenses”.

No fim, anglicanos e judeus são, nas palavras de Martin Luther King, “presos numa rede inescapável de mutualidade. Qualquer coisa que afetar os uns diretamente, afetará a todos indiretamente”.

Judeus e cristãos compartilham escritura, inclusive os mandamentos de amar o estrangeiro, o que está sendo repetido em 36 ocasiões no Pentateuco. O rábi Hilel uma vez despachou um comando negativo: Não faze a outros como não querias que fosse feito a ti mesmo.” Outro rábi famoso, Jesus de Nazaré, o põe mais positivamente: “Faze a outros como querias que fosse feito a ti mesmo.”

Ambos têm razão. E que caso, entendendo o outro, e vendo as coisas com os olhos de cada outro, é essencial para a liderança de ambas as comunidades de fé.


Área dos países arábicos e islâmicos em comparação com a área de Israel

País qm2 qm2 qm2 qm2 vezes Israel
Afeganistão 652.225        
Arábia Saudita 2.400.900 2.400.900     115,55
Argélia 2.381.745 2.381.745     114,97
Bahrein 661 661     0,03
Bangladesh 144.000        
Brunei 5.765        
Burkina Fasso 274.122        
Chade 1.284.000        
Djibuti 23.000 23.000     1,11
Egito 1.000.250 1.000.250     48,16
Emirados Árabes Unidos 75.150 75.150     3,62
Eritréia 117.600        
Gâmbia 10.690        
Guiné 245.855        
Guiné-Bissau 36.125        
Iêmen 477.530 477.530     22,99
Indonésia 1.919.445        
Irã 1.648.000        
Iraque 438.317 438.317     21,10
Jordânia 90.650 90.650     4,36
Kuait 24.280 24.280     1,17
Líbano 10.400 10.400     0,50
Líbia 1.759.180 1.759.180     84,70
Malásia 332.965 332.965      
Maldivas 298        
Mauritânia 1.030.700 1.030.700     49,62
Mali 1.241.140        
Marrocos 710.895 710.895     34,23
Níger 1.186.410        
Nigéria 923.850        
Omã 271.950 271.950     13,09
Quirguisistão 198.500        
Senegal 196.720        
Somália 630.000 630.000     30,33
Síria 185.680 185.680     8,94
Sudão 2.505.815 2.505.815     120.65
Tadjiquistão 143.100        
Tunísia 164.150 164.150     7,90
Turquia 779.470        
Turcomenistão 488.100        
Uzbequistão 447.400        
Países islâmicos 26.468.468       1.274,36
Países arábicos   13.161.988     683.27
Faixa de Gaza     363    
Banco Ocidental     5.860    
Faixa de Gaza + Banco Ocidental     6.223   0,30
Israel       20.770 1,00

Dados do Atlas Geográfico Mundial, Empresa Folha da Manhã, São Paulo, Brasil, 1994

Os países islâmicos dispõem duma área que é 1274 vezes maior que a área do Estado de Israel, entre eles os países árabes com uma área de 683 vezes maior que a área do Estado de Israel.


Texto inglês e notas no fim deste
Tradução: Pedro von Werden SJ


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