Jewish-Christian Relations

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Artigos | Observações & Experiências (476)

Austrália/Israel & Jewish Affairs Council | 31.05.2007

Israel e o Conflito Árabe-Israeli

Austrália/Israel & Jewish Affairs Council (AIJAC)

Eventos do Médio Oriente continuam encher as páginas de jornais e despertam debates aquecidos ao redor do mundo. A guerra no Iraque, o 11 de setembro e Osama bin Laden são somente alguns nomes e tópicos que mantiveram aquela região quente nas notícias. De todos os tópicos no Médio Oriente nas notícias, no entanto, nenhum sob-assunto gera mais emoção, debate e ira que o conflito Israel-palestinense.

Porque o assunto está dado à emoção, é muitas vezes difícil manter um senso de contexto histórico, quando discutindo os assuntos à mão. Esse papel provê algumas perspectivas e pontos de conversa, tanto históricos como contemporâneos. Não está sendo intentado um exame exaustivo do sujeito.

Quando presenteado com os fatos, será importante entender:

  • os perigos reais enfrentados por Israel, um país minúsculo menos que um terço do tamanho da Tasmânia [ou menos que o estado brasileiro de Alagoas; trad.], numa vizinhança tumultuosa, fortemente armada;
  • o cometimento de Israel à democracia e valores democráticos;
  • os inimigos comuns de extremismo e fanatismo encarados por Israel e o mundo ocidental;
  • as contribuições impressivas à civilização mundial em campos tais como ciência, medicina, tecnologia, agricultura e cultura – contribuições que são ainda mais notáveis dado a relativa juventude do país e a sua carga pesada de defesa;

O relato histórico de país nenhum é perfeito, e Israel, como outras nações democráticas, não é perfeito. Mas reconhecer falibilidade é força nacional, não fraqueza, e o relato em democracia, economia, educação, ciência e pluralidade de Israel em toda parte compara favoravelmente com aquele de outro país na região e, de fato, bem além da região.

O elo do povo judaico à terra de Israel é incontrovertível e ininterrupto

Abarca aproximadamente quatro mil anos. Exibição A para essa conexão é a Bíblia Hebraica. O livro Gênesis, o primeiro dos cinco livros da Bíblia, reconta a história de Abraão, o relacionamento de aliança com o Deus único e o mover de Ur (no Iraque do dia presente) a Canaã, a região que corresponde aproximadamente a Israel. Exibição B é qualquer livro de oração em uso em qualquer lugar do mundo. As referências na liturgia a Sião, a terra de Israel, são sem fim.

O cientista judaico medieval Nachmanides contou viver em Israel um preceito ou obrigação divino (mitsváh), e o Livro Santo Judaico de interpretação da Lei Judaica, o Talmude, até declara que recusa de se mudar para Israel é uma causa legítima para divórcio.

Em anos posteriores, os líderes de três movimentos largamente divergentes do povo judaico – sionismo, haçidismo e mitnagdismo – enviaram independentemente os seus estudantes para revitalizar vida judaica à Terra de Israel. Esses líderes discordavam em muitos assuntos, mas eram unidos no papel cultural de Israel na vida do povo judaico.

O mesmo é verdadeiro da conexão entre o povo judaico e Jerusalém

Data do período do Rei Davi, que vivia faz aproximadamente três mil anos atrás, estabelecendo Jerusalém como a capital de Israel. Desde então, Jerusalém representava, não só o centro geográfico do povo judaico, mas também o coração espiritual e metafísico da nossa fé e identidade. De fato, um relacionamento entre Jerusalém e o povo judaico é único nos anais de história.

Jerusalém era o site de dois Templos – o primeiro edificado pelo Rei Salomão durante o século 10 BCE (before counting epoch = antes do ano zero da [nossa] contagem de época) e destruído 586 BCE durante a conquista babilônia, e o segundo construído pelo Rei Herodes e destruído no ano 70 CE (da contagem de época) pelas forças romanas. Mesmo no exílio, os judeus concluíam orações nos dias de festas mais santas, Páscoa e Yom Kipur (Dia de Reparação), com o grito esperançoso “No Ano Que Vem em Jerusalém!”

Como o salmista escreveu: “Se ti esquecer, oh Jerusalém, deixa a minha mão direita murchar, deixa a minha língua fixada no paladar, se parar pensar de te, se não mantiver Jerusalém na minha memória mesmo nas minhas horas mais alegres.” Durante milhares de anos, os judeus oravam pelo bem-estar dela, virando sempre a sua face a Jerusalém quando oravam.

Os judeus nunca paravam ansiar por Sião e Jerusalém

Por aproximadamente dois milênios, os judeus tradicionais oravam três vezes ao dia para retornar à Terra de Israel, tendo marcado o aniversário do exílio no nono dia do mês hebraico de av, por jejuar e lamentar. Apesar do exílio longo, havia sempre comunidades judaicas na Terra Santa, e especialmente em Jerusalém.

De fato, desde o século 19, judeus constituíam a maioria da população de Jerusalém. Por exemplo, segundo o Dicionário Político do Estado de Israel, judeus eram 61,9 por cento da população de Jerusalém em 1892.

O elo histórico e religioso a Jerusalém é especialmente importante porque alguns árabes tentam re-escrever a história, asseverando que judeus eram “ocupadores estrangeiros” ou “colonizadores” com nenhum vínculo atual ao país. Tais tentativas de negar a legitimidade de Israel são demonstravelmente falsas, precisando ser expostas pelas mentiras que são. Ignoram também completamente o fato “inconveniente” de que, quando Jerusalém estava sob regime moslim (isso é otomano e, mais tarde, jordaniano), era sempre um lugar atrasado.

Sionismo é a procura para autodeterminação nacional do povo judaico

Embora o ansiar por uma pátria judaica deriva dum anelar que data de milhares de anos, origina-se também duma realidade mais contemporânea.

Theodor Herzl, considerado o pai do sionismo moderno, era um judeu vienense secular que chegou a ser intimidado pelo anti-semitismo ruidoso que alimentava o processo de exibição dum oficial de exército de nome Alfred Dreyfus. Um século antes, a França chegara a ser o primeiro pais da Europa de estender direitos plenos aos judeus, mas o incidente Dreyfus levou Herzl à conclusão de que os judeus nunca pudessem gozar de igualdade completa como minoria na Europa. Portanto, chamava para o estabelecimento dum estado judaico, no qual judeus não dependessem mais de forças de fora. Descreveu a sua visão num livro de marco, Altneuland (“Velha Terra Nova”), publicado em 1902.

Herzl morreu em 1904, mas a sua visão foi postumamente endossada pelo secretário exterior britânico, lord Balfour, em 1917:

O Governo da Sua Majestade vê com favor o estabelecimento na Palestina dum lar nacional para o povo judaico, e usará os seus esforços melhores para facilitar o alcançamento desse objetivo, sendo claramente entendido que nada será feito que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não-judaicas existentes na Palestina, ou os direitos e status político gozados por judeus em qualquer outro país.

Em 1922, a Liga das Nações, encarregando a Grã-Bretanha com um mandato para Palestina, reconheceu “a conexão histórica do povo judaico com Palestina”.

O surgimento de Hitler e da “Solução Final para a Questão Judaica” nazista, lançada pela Alemanha – e facilitado por anti-semitismo e indiferença amplamente espalhados para o fado dos judeus – revelou, em dimensões trágicas, a necessidade desesperada para um estado judaico. (Haj Amin el-Hussein, o mufti de Jerusalém, era entre os apoiadores entusiasmados do genocídio nazista do povo judaico.)

Somente num estado tal, os sionistas criam, judeus estivessem livres da necessidade de se fiar na “boa vontade” de outros para determinar o seu destino. Todos os judeus estariam bem-vindos para se assentar no estado judaico, seja tomando refúgio de perseguição ou seja no cumprimento dum “ansiar por Sião”. De fato, este último ponto estimulava a imaginação de muitos judeus que se assentavam em que era então uma Palestina geralmente desolada, no fim do século 19 e no início do 20, por convicções idealistas, e que puseram a fundação para o Estado de Israel moderno.

Os adversários de Israel tentam torcer o significado de sionismo, apresentando-o como força demoníaca ou colonizadora, uma implantação estrangeira no Médio Oriente, antes que reconhecer os judeus como nação independente com os mesmos direitos como outros países. A meta declarada de muitos dos inimigos de Israel é minar a razão de ser deste e isolar o estado da comunidade das nações.

Pelos anos, países anti-israelis tinham a sua margem de sucesso. Em 1975, as Nações Unidas adotaram uma resolução etiquetando sionismo como “racismo”, acima das objeções estrênuas dos países democráticos. A resolução foi repelida em 1991, mas a peta voltou à tona dez anos depois, ironicamente, na Conferência Mundial contra o Racismo em Durban, África do Sul. O bloco árabe, no entanto, falhou naquele esforço de condenar sionismo nos documentos da conferência. Nesse tempo, muitas nações entendiam que o conflito entre Israel e os palestinenses é, e sempre foi, político e não racial.

Nessa veia, vale bem relembrar os comentários do revdº Martin Luther King Jr. sobre sionismo:

E o que é anti-sionismo? É a negação ao povo judaico o direito fundamental que justamente reivindicamos para o povo da África e todas outras nações do globo. É a discriminação contra os judeus, os meus amigos, porque eles são judeus. Em breve, é anti-semitismo. … Deixa as minhas palavras ecoarem nas profundezas da tua alma: Quando pessoas criticarem sionismo, querem dizer judeus – não te engana sobre isso!

Os judeus e não-judeus de Israel

Embora Israel se defina como estado tanto judaico como democrático, os direitos de não judeus estão sendo garantidos na Declaração de Independência e nas leis básicas de Israel, as quais servem um papel muito parecido a uma constituição. Um quinto dos cidadãos de Israel são não-judeus, mais que um milhão árabes, e o arábico é língua nacional oficial. Sexta feira, o dia moslim de repouso, está entesourado na lei como o dia de repouso para o setor árabe, equivalente ao sábado judaico. A isso, as comunidades árabes se beneficiam de subvenções governamentais para atividades culturais, incluindo feiras, festivais e esporte. O Museu de Arte Islâmica em Jerusalém está sendo visitado por milhares de hóspedes, árabes e judaicos, cada ano.

Os árabes israelenses gozam todos os mesmos direitos políticos e legais como os israelis judeus, o que significa que têm mais direitos políticos e humanos que quaisquer outros árabes no Médio Oriente. É verdadeiro que discrepâncias econômicas existem entre populações judaicas e árabes de Israel, mas as estatísticas mostram que essas fendas estão se fechando. Além disso, em termos de estatística chave de bem-estar da comunidade em geral, tal como mortalidade infantil, há menos duma diferença entre árabes e judeus israelis do que aquelas entre minorias moslins e a população geral da maioria dos países da Europa ocidental.

Entrementes, a população judaica de Israel tem sempre refletida enorme diversidade nacional, étnica, cultural e lingüista, a qual chegou a ser ainda mais pronunciada na década dos 1980, quando Israel salvou centenas de milhares de judeus pretos que estavam sonhando de se instalar em Israel da Etiópia golpeada pela fome. Os comentários eloqüentes naquele tempo de Julius Chambers, o diretor geral da Associação Nacional para a Promoção da Defesa Legal de Pessoas de Cor e Fundo Educacional, suportam repetição:

Fossem as vítimas da fome etiópica brancas, nações sem número lhes poderiam ter dado refúgio. Mas as pessoas morrendo cada dia de inanição na Etiópia e no Sudão são pretas, e num mundo onde o racismo está sendo oficialmente deplorado por qualquer governo virtualmente organizado, só uma nação não-africana abriu as suas portas e os seus braços. A ação humanitária calma do Estado de Israel, ação tomada inteiramente sem consideração de cor de aqueles a serem salvos, está como condenação de racismo muito mais falante que meros discursos e resoluções.

Ataques árabes a judeus precederam o estabelecimento do Estado de Israel

A reivindicação falaz está sendo feita muitas vezes que o terrorismo árabe começou em reação à “ocupação” por Israel do Banco Ocidental e da Faixa de Gaza segundo a Guerra dos Seis Dias em junho de 1967. Na realidade, ataques árabes a civis judaicos começaram quando judeus eram atualmente uma minoria pequena na Palestina. De 1880-1914, comunidades judaicas emergindo cuidavam de se proteger e seus suas colheitas de saqueadores, ladrões e bandos organizados. O primeiro grupo de segurança judaico organizado, chamado Bar Giora, foi organizado em 1907.

Como a povoação judaica continuava, os ataques árabes aumentavam. Turbulência muito espalhada irrompeu em Jerusalém, Haifa, Jaffa e Hebron vária vezes nas décadas de 1920 e 30.

O conflito árabe-israeli era evitável

Logo depois da sua fundação em 1945, as Nações Unidas tomavam interesse no futuro da Palestina mandatória, então sobe regime britânico. Uma comissão das Nações Unidas (UNSCOP = the United Nations Special Commitee on Palestine) recomendou à Assembléia Geral uma partição de terra entre os judeus e os árabes. Nenhum dos lados conseguiria tudo o que tentava, mas uma divisão reconheceria que havia ali duas populações na terra – uma judaica, a outra árabe – cada uma merecendo um estado.

Em 29 de novembro de 1947, a Assembléia Geral das Nações Unidas, com um voto de 33 a favor, 13 opostos, e 10 se abstendo, adotou a resolução 181, conhecida como o Plano de Partição.

Os estados árabes e a população árabe local rejeitaram veementemente a proposta, e se recusaram a reconhecer a reivindicação judaica para qualquer parte da terra e escolheram guerra para cumprir os seus objetivos.

Em 14 de maio de 1948, o Estado de Israel foi fundado. Winston Churchill disse naquele tempo:

A vinda no ser dum estado judaico … é um evento na história do mundo a ser visto na perspectiva, não duma geração ou de um século, mas numa perspectiva de mi, dois mil ou até três mil anos.

Anos depois, o presidente dos EUA, John F. Kennedy, ofereceu a sua perspectiva sobre a significação de Israel:

Israel não foi criado para desaparecer – Israel vai durar e florescer. É criança de esperança e lar dos corajosos. Não pode ser quebrado pela adversidade nem desmoralizado com sucesso. Carrega o escudo de democracia e honra a espada da liberdade.

A Declaração de Israel do Estabelecimento do Estado inclui essas palavras:

Estendemos a nossa mão a todos os estados vizinhos e os seus povos numa oferta de paz e boa vizinhança, apelando a eles para estabelecer elos de cooperação e ajuda mútua com o povo judaico soberano assentado no seu próprio país.

Tragicamente, essa oferta foi ignorada.

Em 15 de maio de 1948, os exércitos do Egito, do Iraque, da Jordânia, do Líbano e da Síria atacaram o estado judaico que se estava empenhando, tentando a sua destruição.

No curso dessa guerra, lançada pelos árabes, a população civil foi afetada. Justamente como em todas as guerras. Controvérsias continuam referentes a esse dia sobre como muitos árabes locais fugiram de Israel porque os líderes árabes os chamavam para fazer isso ou os ameaçaram se não fizessem isso, quantos saíram por causa do medo do combate, e quantos foram compelidos a sair por forças israelis. Importantemente, milhares de árabes acabaram por ficarem em Israel, chegando a ser cidadãos do estado.

Mas o ponto central não deve ser passado por cima: Países árabes começaram essa guerra com uma meta explicitamente anunciada de eliminar os 650.000 judeus no novo Estado de Israel e, fazendo isso, os árabes desafiavam o plano das Nações Unidas para a criação de estados tanto judaico quanto árabe. Se isso não tivesse acontecido, nem um único palestinense teria chegado a ser refugiado ou ser forçado de sair da sua casa.

Não há situação comparável no mundo hoje, onde população refugiada tem sido cinicamente explorada no modo em que os palestinenses o foram.

Em contraste a Israel, só um único país árabe – a Jordânia – ofereceu cidadania aos refugiados palestinenses. Os outros vinte-e-um países árabes, que compartilham uma língua, religião e raízes étnicas comuns com os palestinenses, recusaram-se fazer isso.

Um país, o Kuait, atualmente permitiu que vários palestinenses trabalhassem antes da Guerra do Golfo de 1991. Mas seguindo ao suporte vocal à invasão no verão anterior pelo presidente Yasser Arafat da Organização Liberação Palestinense (PLO), o Kuait expeliu sumariamente 300.000 palestinenses trabalhando no país.

O processo de Oslo no início da década de 1990 trouxe esperança a muitos refugiados no Banco Ocidental e Faixa de Gaza. Assumiram que Yasser Arafat e a PLO, que criaram a Autoridade Palestinense em 1994, usassem o seu novo-encontrado poder para aliviar a sua situação difícil. Mas ajuda nunca se materializava, apesar de mais que um bilhão de dólares em ajuda internacional à PA. Hoje, os refugiados continuam rebolar-se em esqualidez em campos das Nações Unidas.

Uma chave à aproximação dos países árabes aos refugiados pode ser encontrada num trato que admitiu que “os refugiados são a pedra angular na luta árabe contra Israel”. Mantendo os refugiados em condições difíceis com poucas opções, países como Síria e Líbano – bem como a Autoridade Palestinense mesma – usam os refugiados como arma chave para manter a sua luta contínua contra Israel.

Duas populações de refugiados foram criadas no conflito árabe-israelense, não uma

Enquanto a atenção mundial tem sido focalizada nos refugiados palestinenses, a condição de judeus de países árabes, centenas de milhares dos quais chegaram a ser refugiados também, tem sido largamente ignorada. De fato, o tamanho dos dois grupos era grossamente comparável. Mas havia uma diferença profunda – Israel absorvia imediatamente os refugiados judaicos, enquanto os refugiados palestinenses foram postos em campos e mantidos como matéria de política de árabes e Nações Unidas.

Quando o assunto de refugiados de países árabes for levantado, porta-vozes árabes muitas vezes fingem ignorância ou asseveram de modo valente que os judeus viviam bem sob o regime moslim (diferente dos judeus na Europa cristão). Às vezes, argúem falsamente que árabes, por definição, não podem ser anti-semitas porque, como judeus, são semitas. (Isso ignora a origem do termo. Anti-semitismo era um termo que sempre foi usado para descrever ódio aos judeus – exceto em termos de origens lingüistas, não tem nada a ver com grupos semíticos de línguas dos quais o árabe também faz parte.)

Está certamente verdadeiro que não havia equivalente do Holocausto na experiência em terras moslins, e é também verdadeiro que houve períodos de cooperação e harmonia. Mas os judeus nunca gozavam de direitos inteiros e iguais com moslins em países islâmicos, e aí havia regras claramente delineadas de comportamento para judeus como cidadão de segunda classe. Violência étnica contra judeus era também longe de desconhecida no mundo moslim.

Judeus em países árabes

À parte da Terra de Israel, judeus têm uma história longa no Médio Oriente. Por exemplo, havia uma presença contínua na Líbia a partir do tempo dos fenícios, muitos séculos antes que tribos migratórias chegaram da península arábica trazendo o islame à África do Norte e colonizando – alguns poderiam dizer ocuparam – terras já habitadas por berberes e outros povos..

Como judeus em todo o mundo árabe, a vasta maioria dos 40.000 judeus da Líbia fugiu entre 1948 e 1948. Mesmo antes que o Estado de Israel veio a existir, pogroms em 1945 e 1948 mataram muita gente, e a maioria da comunidade emigrou a Israel na primeira oportunidade. Em 1951, a Líbia chegou a ser país independente. Apesar de garantias constitucionais, aos judeus que permaneceram no país foram negados o direito a voto, manter ofício público, obter passaportes líbios, supervisar os seus comunais próprios ou comprar propriedade nova. Depois do terceiro pogrom em 1967, os 4.000 judeus remanescentes da Líbia fugiram, sendo permitidos de sair com uma só mala e o valor de $50. Ao mesmo tempo, o governo destruiu cemitérios judaicos, usando pedras tumulares para pavimentar ruas novas, como parte de um esforço calculado de riscar qualquer vestígio da presença histórica judaica no país.

Havia 754.000 judeus nos países árabes em 1948, o ano do estabelecimento de Israel. Hoje, há menos que 8.000, a parte principal deles vivem em Marrocos e Tunísia.

Como os palestinenses foram tratados de 1948 a 1967?

Seguindo à Guerra de Independência, o Egito governou a Faixa de Gaza e a Jordânia o Banco Ocidental. Autoridades egípcias impuseram regime militar em Gaza, e Jordânia anexou o Banco Ocidental e Jerusalém-leste. Nenhum dos dois se moveu para criar um estado palestinense independente.

Em 1964 – três anos antes de Israel entrou no Banco Ocidental – a Organização de Liberação Palestinense (PLO) foi fundada. O seu fim era, não a criação de um estado nas terras sob regime egípcio e jordaniano, mas antes a eliminação de Israel e a fundação dum estado palestinense em toda a Palestina. Segundo o artigo 15 da carta da PLO:

A liberação da Palestina, do ponto de vista árabe, é obrigação nacional para repulsar a invasão sionista, imperialista da grande pátria e expurgar a presença sionista da Palestina.

A Convenção das PLO também claramente expressa o método pelo que a Palestina está para ser “liberada” de Israel. O artigo 9 declara:

Luta armada é o modo único para liberar a Palestina. Essa é a estratégia geral, não meramente uma fase tática.

A “luta armada” palestinense tornou-se a ser uma guerra de terrorismo, travada principalmente contra alvos civis. Nos anos seguintes, terroristas patrocinados pela PLO assassinaram atletas olímpicos israelis, mantiveram crianças de escola reféns, seqüestraram aviões e navios de cruzeiro e abriram fogo em mesas de embarque de aeroporto.

Como Israel entrou em posse do Banco Ocidental, das Colinas de Gola, da Faixa de Gaza, da Península do Sinai, da metade leste de Jerusalém, inclusive da Cidade Antiga

Algumas pessoas se referem reflexivamente às “territórios ocupados” sem jamais fazendo a pergunta de como estes caíram nas mãos de Israel em 1967. Mais uma vez, há tais no mundo árabe que tentam re-escrever a historia imputando motivos expansionistas a Israel, mas os fatos são claros. Aqui um sumário rápido de alguns dos eventos maiores que conduziram à Guerra dos Seis Dias:

  • Em 16 de maio de 1967, a Rádio Cairo anunciou: “A existência de Israel continuou longe demais. A luta chegou em que destruiremos Israel.” No mesmo dia, o Egito mandou a retirada das forças das Nações Unidas que tiveram sido estacionadas em Gaza e Sharm el-Sheikh desde 1957. Três dias depois, as Nações Unidas anunciaram que iriam cumprir com a demanda egípcia.
  • Em 19 de maio, a Rádio Cairo disse: “Essa é a nossa chance, árabes, para despachar um golpe mortal de aniquilação a Israel. …”
  • Em 23 de maio, o presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser declarou a sua interdição o estreito de Tirã [saída do golfo de Acaba ao Mar Vermelho; trad.] para navegação israeli, assim efetivamente cortando as ligações do comércio vital de Israel com a África oriental e a Ásia. Israel replicou que, sob lei internacional, isso seria um casus belli, um ato de guerra.
  • Em 27 de maio, Nasser disse que “o nosso objetivo básico será a destruição de Israel”.
  • m 30 de maio, o rei Hussein da Jordânia pôs forças jordanianas sob controle egípcio. Tropas egípcias, iraquianas e sauditas foram enviadas à Jordânia.
  • Em 1º de junho, o líder iraquiano acrescentou os seus pensamentos: “Estamos resolvidos, determinados e unidos para alcançar a nossa meta clara de varrer Israel do mapa.”
  • Em 3 de junho, a Rádio Cairo saudou a guerra santa moslim que estivesse por acontecer.
  • Em 5 de junho, quando forças árabes se juntaram para montar um ataque, Israel lançou um golpe preemptivo. Dentro de seis dias, Israel derrotara os seus adversários e, no processo capturou terra nas frentes egípcias, jordanianas e sírias.

Mais uma oportunidade perdida de paz, 1967

Em seguida da guerra, Israel indicava o seu desejo de negociar paz com os seus vizinhos árabes. Enquanto Israel se recusou abandonar a metade leste de Jerusalém – que continha os sites mais santos e que, apesar do acordo israeli-jordaniano de armistício, estivera sida zona inteiramente proibida para judeus israelis por dezenove anos – estava disposto a trocar os territórios conquistados para um assentimento compreensível. Mas as aberturas de Israel foram recusadas. Os líderes árabes se reuniram em 1º em Cartum, Sudão, onde re-afirmaram a sua atitude prévia a Israel. Num comunicado varredor, os líderes anunciaram “três nãos” infames: “nenhuma paz, nenhum reconhecimento e nenhuma negociação”.

A Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas

Essa resolução, adotada em novembro de 1967, está sendo muitas vezes citada em discussões sobre o conflito árabe-israeli como a base para resolvê-lo, mas nem sempre citada com precisão. A resolução enfatiza “a inadmissibilidade de aquisição de território por guerra e a necessidade de trabalhar para uma paz justa e duradoura em que cada [ênfase acrescida] estado na área possa viver em seguridade.” Inclui também uma chamada para “terminação de todas as reivindicações ou estados de beligerância e respeito para soberania e reconhecimento desta, integridade territorial e independência política de cada estado da área”.

Além disso, chama para “retirada de forças israelis armadas de territórios ocupados no conflito recente”, mas deliberadamente omitiu uso da palavra “os” diante da palavra “territórios”. O embaixador dos EUA para as Nações Unidas naquele tempo, Arthur Goldberg, notou que isso era intencional, assim que qualquer assentamento final poderia permitir ajustamentos não-especificados de fronteira, que tomassem em conta necessidades de segurança de Israel. Assim fizeram os diplomatas britânicos que ajudaram a traçar a resolução.

Em resumo, a resolução 242 estabelece o princípio de Terra por Paz, mas faz claro que Israel esteja esperado de deixar terra somente em troca por arranjamento de paz concreto com o mundo árabe. Não invoca Israel para fazer concessões unilaterais ou retornar a suas fronteiras pré-Guerra-dos-Seis-Dias.

Em 22 de outubro de 1973, durante a Guerra de Yom Kipur, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou a Resolução 338, que pediu um cessar fogo, implementação da Resolução 242 na sua totalidade e o começo de conversas entre as partes concernidas. As resoluções 242 e 338 estão normalmente sendo citadas juntas em conexão com conversas de paz árabes-israelis.

As colônias têm sido assunto contencioso

Sem dúvida, mas como justamente sobre qualquer outra coisa associada com o conflito árabe-israelense, há aqui mais que aquilo que o olho encontra.

Depois da vitória de Israel na guerra de 1967, e quando chegou a ser claro que não houvesse negociações de paz, o governo Labor de Israel encorajou a construção de novas comunidades no Banco Ocidental, Faixa de Gaza e Colinas de Gola. Essa prática foi acelerada sob o governo Likud depois 1977.

Em qualquer discussão das colônias, é importante entender os fatores que Israel considerava antes de desempenhar essa política contenciosa.

  1. Israel sustentou que a terra era disputada – tanto árabes como judeus a reivindicavam – e, desde que não havia autoridade soberana, Israel tinha mais direito a assentar aí que os palestinenses.
  2. Houvera comunidades judaicas no Banco Ocidental antes de 1948, por exemplo em Hebron e Gush Etzion, ambos sites de massacre por árabes, em que grandes números de judeus foram mortos.
  3. O Banco Ocidental representa o berço da civilização judaica e muitos judeus, puxados por fé e história, quiseram re-acertar esse elo.
  4. O governo israeli cria que certas colônias servissem uma finalidade útil de seguridade e
  5. alguns oficiais israelis sentiam que construir colônias, e assim criar fatos no solo, pudessem acelerar o dia quando os palestinenses, presumivelmente percebendo que tempo não estivesse no seu lado, tomassem paz.

      Hoje, a maioria dos israelis concorda que qualquer convênio de paz com os palestinenses requererá necessariamente desmantelar muitas, senão todas, colônias. Levantamentos mostram repetidamente que a maioria dos israelis aceita esse prospecto, mas só em troca por paz real. No entanto, os israelis temem que qualquer decisão unilateral de retirar seja vista pelos palestinenses e os seus suportadores árabes como sinal de fraqueza, e só vá encorajar violência futura.

      Em compreensão tardia do que deve ser feito, essa percepção da fraqueza de Israel pode ter sido uma das conseqüências não-entendidas da retirada unilateral de Israel do sul do Líbano em 2000. tropas israelis estavam ali por só uma única razão – não para adquirir território, mas antes para manter uma zona de segurança que prevenisse golpes terroristas mortíferos a partir do Líbano às aldeias e cidades do norte de Israel.

      Mas ataques periódicos pela Hezbolá a soldados israelenses cobravam direitos, e o primeiro ministro Barak concluiu que o benefício a Israel não mais justificasse o preço. Mandou as tropas para casa em maio de 2000. A Hezbolá declarou vitória sobre a aparentemente invencível Força de Defesa de Israel (IDF). Muitos líderes de opinião palestinenses no Banco Ocidental e Gaza citaram essa retirada como parte da sua racional para usar violência contra Israel desde setembro de 2000, argüindo que possam seguir o exempla da Hezbolá e complementar o que nenhum exército árabe sucedera fazendo desde a fundação de Israel em 1948, a saber derrotar a IDF.


      Área dos países arábicos e islâmicos em comparação com a área de Israel
      País km2 km2 km2 km2 vezes Israel
      Afeganistão 652.225
      Arábia Saudita 2.400.900 2.400.900 115,55
      Argélia 2.381.745 2.381.745 114,97
      Bahrein 661 661 0,03
      Bangladesh 144.000
      Brunei 5.765
      Burkina Fasso 274.122
      Chade 1.284.000
      Djibuti 23.000 23.000 1,11
      Egito 1.000.250 1.000.250 48,16
      Emirados Árabes Unidos 75.150 75.150 3,62
      Eritréia 117.600
      Gâmbia 10.690
      Guiné 245.855
      Guiné-Bissau 36.125
      Iêmen 477.530 477.530 22,99
      Indonésia 1.919.445
      Irã 1.648.000
      Iraque 438.317 438.317 21,10
      Jordânia 90.650 90.650 4,36
      Kuait 24.280 24.280 1,17
      Líbano 10.400 10.400 0,50
      Líbia 1.759.180 1.759.180 84,70
      Malásia 332.965 332.965
      Maldivas 298
      Mauritânia 1.030.700 1.030.700 49,62
      Mali 1.241.140
      Marrocos 710.895 710.895 34,23
      Níger 1.186.410
      Nigéria 923.850
      Omã 271.950 271.950 13,09
      Quirguistão 198.500
      Senegal 196.720
      Somália 630.000 630.000 30,33
      Síria 185.680 185.680 8,94
      Sudão 2.505.815 2.505.815 120.65
      Tadjiquistão 143.100
      Tunísia 164.150 164.150 7,90
      Turquia 779.470
      Turcomenistão 488.100
      Uzbequistão 447.400
      Países islâmicos 26.468.468 1.274,36
      Países arábicos 13.161.988 683.27
      Faixa de Gaza 363
      Banco Ocidental 5.860
      Faixa de Gaza + Banco Ocidental 6.223 0,30
      Israel 20.770 1,00
      (Dados do Atlas Geográfico Mundial, Empresa Folha da Manhã, São Paulo, Brasil, 1994; trad.)
      Tabela adionada pelo tradutor PvW

      As possibilidades de paz: Egito-Israel, 1978

      Em 1977, Menahem Beguin, o primeiro ministro do partido do partido Likud da centro-direita, assumiu o ofício. Poucos meses depois, o presidente do Egito, Anwar Sadat, fez a sua viagem histórica a Israel e discursou na Kneçet, o parlamento de Israel. Um processo de paz extraordinário seguiu-se, com todos os seus altos e baixos que vieram com um conjunto difícil de negociações.
      Em setembro de 1978, os Acordos de Camp David foram adotados, contendo uma estrutura para paz compreensiva, inclusive uma proposta para um auto-governo limitado para os palestinenses. (A proposta foi rejeitada pelos palestinenses.)
      Seis meses depois, em 1979, um acordo de paz foi assinado e o estado de guerra de trinta-e-um ano entre Israel e Egito veio ao fim.

      Era um momento notável na história. Sadat, virulentamente anti-Israel e anti-semita por muito tempo da sua vida e a inteligência dominante (junto com a Síria) do ataque surpresa do Egito a Israel que acendeu a Guerra de Yom Kipur de 1973, atrelado com Béguin, o cabeça do partido liderando de ala direita de Israel, para abrir um capítulo novo nas relações árabes - Israel. Provou que com vontade, coragem e visão, qualquer coisa era possível.

      Mas cada país árabe, exceto Sudão e Omã, rompeu elos diplomáticos com Cairo. E, em 1981, o líder egípcio foi assassinado por membros de Jihad Islâmica egípcia., que iria mais tarde chegar a ser irmão-em-armas de Osama bin Laden e sua rede al-Qaeda.

      Para sua parte, Israel cedeu a expansão vasta do Sinai (aproximadamente 60.000 quilômetros quadrados), a qual provera um zona de tampão entre ele mesmo e o Egito. Também deixou campos de petróleo valiosos que descobrira no Sinai, um grande sacrifício para um país sem recursos naturais que valessemm ser mencionados. Fechou bases aéreas importantes que construíra. E, apesar do cometimento forte de Béguin para colônias, desmantelou esses enclaves no Sinai.

      Fazendo isso, Israel demonstrou muito claramente o seu desejo para paz, sua vontade para tomar riscos substanciais e fazer sacrifícios e o seu cometimento escrupuloso de cumprir os termos dos seus convênios. Semelhantemente, começando em 16 de agosto de 2005, Israel efetuará o seu Plano de Desengajamento que verá a evacuação de todas as colônias da Faixa de Gaza, bem com quatro no norte do Banco Ocidental.

      A Conferência de Paz em Madrid em 1991

      Em 30 de outubro de 1991, Israel, Síria, Líbano, Jordânia e os palestinenses realizaram uma conferência histórica juntos, patrocinada pelos EUA e a União Soviética. Pela primeira vez, Israel entrou em negações diretos, cara-à-cara com a Síria, o Líbano, a Jordânia e os palestinenses.

      Madrid era o catalisador duma série de encontros segredos na Noruega entre representantes Israelis e palestinenses, que levaram ao lançar o processo de paz em Oslo.

      Os Acordos de Oslo, 1993-1995

      Os acordos de Oslo são a fundação na qual as negociações de paz correntes entre Israel e os palestinenses se baseiam.

      A “Declaração de Princípios”, vinculando reconhecimento mútuo, foi assinada numa cerimônia de Washington hospedada pelo presidente dos EUA Bill Clinton em 13 de setembro de 1993, durante a qual o líder palestinense Yasser Arafat e o primeiro ministro israeli Yitzhak Rabin apertaram as mãos, terminando décadas como inimigos jurados.

      A “Declaração de Princípios” esboçava uma série de passos interinos que levaram a uma “colonização final”, incluindo a retirada de tropas israelis da Faixa de Gaza e do Banco Ocidental e o direito de palestinos a auto-governo naqueles territórios. Em seguida da assinatura dum outro convênio em maio de 1994 em Cairo, o presidente da organização da Liberação Palestina (PLO), Yasser Arafat, voltou a Gaza da sua base na Tunísia, junto com centenas de oficiais de combatentes da PLO, para tomar controle duma nova Autoridade Palestinense, a qual governaria as cidades palestinenses evacuadas por Israel.

      Em 28 de setembro de 1995, numa outra cerimônia da Casa Branca, israelis e palestinenses assinaram outro acordo, conhecido como “Convênio Interino” ou “Oslo II”. O pacto de 400 páginas permitiu para um estágio segundo de autonomia para os palestinenses, dando-lhes auto-governo em todas as cidades de maioria palestinense do Banco Ocidental (exceto de Hebron, a que foi transferida mais tarde) e 450 aldeias, enquanto permitindo colônias judaicas guardadas por israelis para ficaram sob controle israeli.

      Paz com Jordânia, 1994

      Essa era uma negociação muito mais fácil que a com o Egito, desde que Israel e Jordânia já gozavam de elos bons, se calmos sobre interesses nacionais sobrepostos a respeito aos palestinenses. Israel mostrou mais uma vez o seu anseio profundo por paz e disposição de tomar passos necessários para alcançá-la, inclusive ajustamentos de fronteira e arranjamentos de compartilha de água exigidos por Amã.

      Mais uma oportunidade para paz foi esporeada pelos palestinenses em 2000-2001

      Quando Ehud Barak assumiu o ofício como primeiro ministro em 1999, anunciou uma agenda ambiciosa. O líder israeli disse que quisesse tentar alcanças um fim histórico ao conflito com os palestinenses dentro de treze meses empreendeu um programa para concluir o processo começado na conferência de Madrid em 1991 e acelerado pelos acordos de Oslo em 1993. Como se verificou, ia além de que qualquer um em Israel pudesse pensado que era possível na sua vontade de comprometer.

      Com o suporte da administração Clinton, Barak empurrou o processo tão longe e rápido como podia e, fazendo isso, desbravou solo novo em tais assuntos infinitamente sensitivos como Jerusalém por causa dum convênio. Mas ai, ele e Clinton falharam.

      Arafat não estava disposto de engajar no processo e o fazer funcionar. Antes de pressionar para frente com as conversas, que teriam conduzido ao estabelecimento do primeiro estado que jamais havia, com o seu capital em Jerusalém, ele foi embora, depois de preposteramente tentando persuadir Clinton que não houvesse elo judaico histórico a Jerusalém e lançando a demanda de surpresa estarrecedora de um assim chamado “direto de retorno” para refugiados palestinenses e das gerações de descendentes destes. Arafat sabia certamente que isso era um quebrador instantâneo de negócio, desde que nenhum governo israeli pudesse jamais concebivelmente permitir que milhões de palestinenses se colonizassem em Israel, destruindo assim Israel como estado judaico.

      O que é que Barak exatamente ofereceu?

      Em resumo, Barak ofereceu aos palestinenses um estado e quase toda a terra que reivindicavam.Barak aceitou uma proposta de compromisso feita por Clinton em dezembro de 2000, a qual incluía um estado em mais que 96 por cento do Banco Ocidental bem como a Gaza inteira, segundo até Faisal Hussein, um dos negociadores principais naquele tempo. A oferta incluía contigüidade territorial plena e controle soberano das vizinhanças árabes de Jerusalém servirem como capital palestinense, como até um mapa da proposta produzida pela Autoridade Palestinense concede. A isso, Barak ofereceu compensar os palestinenses pelos três por centos remanescentes do Banco Ocidental com terra de dentro de Israel pré-1967. A proposta tinha o suporte do presidente dos EUA Bill Clinton, do negociador chefe Dennies Ross, de muitos israelis e de vários negociadores palestinenses também.

      Se Barak ofereceu aos palestinenses tanto, porque as negociações falharam?

      A razão principal é refugiados. Yasser Arafat demandava que Israel aceitasse responsabilidade moral plena pelo problema dos refugiados, bem como um “direito pleno de retorno” para refugiados a Israel próprio. Israel concordou que a refugiados seja permitido “retornar” ao novo estado palestinense , mas um influxo de mais que 3 milhões palestinenses a Israel significaria o fim de Israel como estado judaico. Mas Arafat prometeu – e continuava prometendo – às crianças e aos netos dos refugiados de 1948 que eventualmente “retornariam” aos seus lares prévios dentro do próprio Israel. Continuando nutrir essa esperança, Arafat garantiu a continuação do conflito.

      Outro assunto contencioso era Jerusalém. Embora Arafat publicamente dissesse que estivesse somente interessado na metade agora-palestinense da cidade, continuou enfatizar a sua crença de que elos judaicos não existissem à cidade anterior à colonização sionista, demandando a inclusão duma cláusula em qualquer convênio de status final. Como ilustrado acima, essa posição é simplesmente falsa.

      Muitos observadores, inclusive alguns dos mediadores americanos chave, sentem o assunto real que impelia Arafat para fora da mesa de negociações era a instância de Barak numa cláusula sobre um “fim do conflito” a qualquer contrato. Barak estava com vontade de garantir aos palestinenses quase todas as suas demandas, previsto o concordo de Arafat de que não fosse haver reivindicações futuras contra o Estado de Israel. Mais uma vez, Arafat recusou, e o mediador dos EUA, Dennies Ross, sugeriu que “Por razões relatas a quem ele é, a sua auto-definição, tendo sido revolucionário por toda a sua vida, transformar-se de algum modo era algo que não podia fazer.”

      Setembro de 2000

      Tragicamente, Arafat se revelou incapaz ou não querendo, ou as duas coisas, de procurar paz na mesa de negociar. No lugar, voltou a um padrão mais familiar – ocasionalmente falar paz, enquanto consistentemente encorajando violência.

      Sabia que as imagens da mídia de tropas israelis pesadamente armadas encarando palestinos nas estradas, inclusive crianças cinicamente enviadas às linhas de frente, fizessem trabalho à vantagem sua. Israel seria jogado no papel de agressor e opressor, os palestinenses como vítimas conculcadas.

      Não demoraria muito, calculou, até o mundo árabe denunciasse Israel furiosamente, os países não-alinhados iriam obsequiosamente seguir o exemplo, os europeus urgiriam ainda mais concessões de Israel para aplacar os palestinenses, grupos de direitos humanos acusariam Israel de força excessiva e o mundo, infestado de memória curta, esqueceriam que o líder palestinense justamente recusara uma chance sem precedente de fechar um negócio de paz.

      Ainda, presumivelmente calculava, Washington pudesse eventualmente tomar uma linha mais dura a Israel, como resultado da pressão de Egito e Arábia Saudita, dois países árabes que assomam largo na visão do mundo dos fazedores de política americanos. E finalmente, havia a possibilidade a longo prazo de que Israel, um país do primeiro mundo, começasse a cansar-se da luta e da labuta diária de casualidades militares e civis, o impacto negativo no ânimo e psique da nação – não falando da sua economia – e da isolação internacional potencialmente crescente.

      Usando a visita do líder da então oposição, Ariel Sharon, ao sítio mais santo do Judaísmo, o Monte do Templo em Jerusalém, como pretensão para guerra, (Sharon visitara atualmente o sítio em muitas ocasiões antes) os palestinenses foram urgidos pela mídia palestinense oficial a começar a atacar soldados e civis israelis em 29 de setembro de 2000. Prisioneiros de Hamas e Jihad Islâmico foram soltos de cadeias palestinenses, polícia palestinense atirava a civis israelis e, depois, bombeadores suicidas chegaram a ser ocorrência diária em Israel.

      Desde então, mais que 1.000 civis israelenses morreram em ataques de terror; bem mais que 3.000 foram feridos. Grupos como Hamas, Jihad Islâmico e a própria Fatah do falecido Arafat atacaram ônibus escolares, pontos de reunião de jovens, restaurantes de comida rápida e uma refeição seder de Páscoa, uma das cerimônias religiosas mais importantes no calendário judaico.

      Uma estatística muitas vezes repetida na mídia é o número de casualidades palestinenses desde setembro de 2000, a qual está bem em cima acima de um triplo do número de mortes israelis. Mas aí há várias diferenças importantes.
      Uma: a maioria das casualidades palestinenses foram combatentes armados, como opostos a vasta maioria dos mortos e feridos de Israel, que foram civis.
      Além disso, lutadores palestinenses, rotineiramente, se posicionam entre civis. O termo legal para essa tática ilegal e perfídia e o efeito, sob lei internacional, é que grupos terroristas palestinenses carregam responsabilidade plena pelas mortes de civis.

      Israel está usando força na sua resposta à violência e terrorismo?

      Cada nação deve proteger os seus cidadãos de ameaças às suas vidas. Nação nenhuma se pode aquietar a uma situação em que os seus cidadãos estão vitimados diariamente por terrorismo indiscriminado.

      A acusação muitas vezes repetida de que Israel usou força excessiva contra civis palestinenses inocentes é distorção da verdade. Soldados e civis israelenses, igualmente, tiveram encarar milhares de ataques organizados, violentos e ameaçadores a vida por palestinenses, dos quais somente uma percentagem pequena foi reportada na mídia. Esses ataques incluíam bombardeamentos suicidas, atos de atirar, distúrbios violentos, linchamentos, lançamentos de bombas de fogo, emboscadas ao lado de estrada, barragens morteiras e bombas de carro dirigidas a alvos civis.

      Sob essas condições difíceis, as Forças de Defesa Israelenses de Defesa agiam com a máxima restrição possível, tomando ação somente quando inação por Israel resultasse em perda de vidas inocentes em ações terroristas iminentes.
      Por exemplo, o governo israeli esperava por 18 meses de terrorismo amplamente espalhado antes de lançar a Operação Escuda de Defesa no fim do março de 2002, a fim de erradicar terroristas do abarrotado campo de refugiados e outros sítios no Banco Ocidental. Também tenta alvejar somente aqueles responsáveis pela violência, continuando fazer o seu máximo para prevenir injuria civil lateral ou perda de vida. A perda de qualquer vida, judaica o árabe, é naturalmente lamentável. Na análise final, no entanto, a responsabilidade para essas casualidades jaz com a Autoridade Palestinense, a qual iniciou a violência e recusa de levá-la a um fim.

      A inação da Autoridade Palestinense face à atividade terrorista amplamente espalhada nas áreas sob o seu controle, acoplado com o suporte ativo pela PA dessa violência, deixaram a Israel outra alternativa que mesmo tomar ação necessária para prevenir terrorismo contínuo. Portanto, Israel tinha de empreender operações preventivas alvejadas que estão designadas para conseguir a cessão das ameaças letais.

      Sempre que possível, as operações israelis estão dirigidas a aprenderem terroristas e os seus cúmplices, levando-os à justiça. Numa pequena minoria de casos, quando as detenções são impossíveis e quando um terrorista claro, específico e iminente deve ser contado, Israel está forçado a efetivar outros tipos de operações preventivas contra esses alvos militares legitimados. Todas as nações civilizadas agiriam numa feição semelhante, dadas circunstâncias essas.

      Israel tem sido engajado numa situação mais definida como um conflito armado. A lei internacional em geral e a lei de conflito armado em particular reconhecem que indivíduos que diretamente tomam parte em hostilidades não podem então reivindicar imunidade de ataque ou proteção como civis inocentes. Iniciando e participando ataques armados contra civis israelis ou pessoal de segurança, tais indivíduos se designaram como combatentes no conflito, tendo perdido tal proteção legal. Pelo mesmo sinal, um indivíduo que chega a ser combatente está sendo considerado para permanecer combatente até as hostilidades chegarem a um fim, e não meramente durante o instante exato quando o indivíduo está carregando ou organizando um ataque. Israel só age numa maneira que está em complacência com os princípios e práticas de conflito armado, fazendo qualquer esforço para evitar o envolvimento de civis inocentes.

      Israel não tem interesse nenhum na escalada de violência. Ao contrário, crê que é imperativo que a violência termine, assim que ambas as partes possam retornar a negociações construtivas. Os israelis mantêm que uma solução justa e sustentável possa ser encontrada somente por diálogo, não por conflito armado. No entanto, o governo de Israel tem uma responsabilidade indisputável de proteger os seus cidadãos. Enquanto as vidas de civis estiverem sido ameaçadas numa base diária, não tem outra escolha que reagir em autodefesa.

      A Operação Escudo Defensivo

      Pelo fim do fevereiro de 2002, a população israeli sofrera durante 17 meses de violência e terrorismo contínuos palestinenses. No entanto, nada podia prepará-los para a onda de tiros , ataques do lado da estrada e bombeardamentos suicidas incessantes que dispararam a Operação Escudo Defensivo. Durante o mês de março, mais que 130 israelis foram mortos em ataques – o mês mais sangrento de terrorismo na história de Israel. Tomados proporcionalmente, 130 israelis mortos igualariam a mais que seis mil americanos mortos ou mais que 400 mortes australianas – o dobro do número nos ataques do 11 de setembro e cerca cinco vezes do número total de australianos mortos no bombardeamento de Bali.

      A Operação Escudo Defensivo foi lançado a fim de contrariar a escalação extrema no terrorismo palestinense. A meta da operação era atacar a infra-estrutura do terrorismo palestinense em todas as suas partes e componentes. Israel esperava prender tantos terroristas quantos possíveis, descobrir e destruir caixas de armas e laboratórios de fazer bombas e juntar a inteligência necessária para prevenir ataques futuros.

      Afim de atacar efetivamente a infra-estrutura terrorista, as Forças de Defesa de Israel [IDF] eram forçadas a operar em áreas densamente povoadas, desde que os terroristas escolhiam dissimular as suas atividades escondendo-as no coração da população civil. Durante os 18 meses anteriores, Israel fazia qualquer esforço para evitar operações extensivas nessas áreas, por causa da alta concentração de civis. Quando combate urbano finalmente chegou a ser inevitável, as IDF tomavam o cuidado máximo para prevenir danos a civis palestinenses, muitas vezes arriscando as vidas dos seus soldados fazendo isso. Israel empregava infantaria em buscas de casa em casa, antes que recorrer a armas mais pesadas que, enquanto protegendo as vidas dos soldados, teriam postos civis palestinenses em riscos maiores. Os padrões morais altos demonstrados por soldados israelis durante luta estão em contraste agudo com os dos terroristas, que deliberadamente escolheram esconder-se atrás de “escudos” civis. Israel pagou um preço pesado pelos seus princípios. Durante a Operação Escudo Defensivo, 29 soldados da IDF foram mortos (23 deles somente em Jenin) e 127 foram feridos.

      No curso da operação de três semanas, as IDF conseguiram prender muitos terroristas procurados, enquanto outros foram mortos no lutar. Milhares de canhões e espingardas foram aprendidos, como também grandes quantidades de explosivos e outras ferramentas do terrorismo. Muitas cinturas explosivas – prontas para uso por bombeadores suicidas – foram encontradas e duas dúzias de laboratórios de confecção de bombas foram descobertos.

      O mito de Jenin

      Logo depois que a luta começou, porta-vozes da PA proclamaram pelo mundo inteiro que as forças israelis cometeram um “massacre” em Jenin. Os palestinenses originalmente disseram que 3.000 civis foram mortos, mas gradualmente reduziram a sua reivindicação para cerca de 500. Dentro de poucas semanas, depois de que perguntas começavam ser levantadas na mídia internacional, um oficial de alto patente da Fatah era forçado a admitir que a taxa de mortes numerava somente nas dúzias.
      Kadoura Mousa Kadoura, o diretor do Banco Ocidental pelo movimento Fatah de Arafat contou a repórteres que a sua própria investigação mostrou que 56 palestinenses morreram durante a operação, a maioria lutadores armados que foram mortos durante combate. A reportagem subseqüente do Secretário Geral das Nações Unidas, que não encontrou evidência dum massacre, podia verificar somente 52 casualidades palestinenses – um grito longe das reivindicações originais.

      O Plano do Mapa de Estrada

      O plano mais comumente discutido para terminar o conflito israeli-palestinense é o “Roadmap” [Mapa de Estrada] para paz. Foi proposto pelo “quarteto” de entidades internacionais: os Estados Unidos, a União Européia, a Rússia e as Nações Unidas em 30 de abril de 2003, endossado pela Resolução 1515 do Conselho de Segurança em 19 de novembro de 2003, e tem sido aceito em princípio por tanto o governo de Israel como pela Autoridade Palestinense.
      Os princípios do plano foram primeiro delineados pelo presidente dos EUA, George W. Bush num discurso em 24 de junho de 2002, no qual chamou para reformas palestinenses substanciais em termos de democratização política, do estabelecimento de lei e ordem efetivas e de monopólio em força, levando a um estado palestinense independente que viva ao lado de Israel em paz. Bush era o primeiro presidente dos EUA que explicitamente chamou para o estabelecimento dum estado palestinense.

      Em troca para estatidade, o Mapa de Estrada requer que a Autoridade Palestinense faça reformas democráticas, abandone o uso de terrorismo e desarme grupos terroristas. Segundo o plano, a PA é para “empreender esforços visíveis na base de arrestar, romper e restringir indivíduos e grupos que conduzem e planejam ataques violentos em israelis” e desmantelar “capacidades e infra-estrutura terroristas”.

      Israel, por sua parte, deve apoiar a emergência dum governo palestinense reformado e parar atividade adicional de assentamento na Faixa de Gaza e no Banco Ocidental a seguir do desarmamento e desmantelamento da infra-estrutura terrorista palestinense.

      O Mapa de Estrada compreende as três fases impelidas de finalidade, tendo a finalidade última de terminar o conflito já em 2005, no entanto, progresso na base tem sido por enquanto parcial. Como em julho de 2005, a implementação está ainda no estágio I.

      Fase I – Fim para a violência palestinense; reformas políticas e de segurança palestinenses; retirada israeli e congelamento da expansão de colônias; eleições palestinenses.
      Fase II – Criação dum estado palestinense independente com fronteiras provisórias pelo processo de engajamento israeli-palestinense, conferencia internacional e monitoramento internacional da complacência com o Mapa de Estrada.
      Fase III – Segundo conferência internacional; convênio de status permanente e fim do conflito; convênio sobre fronteiras finais, clarificação da questão altamente controversa do fado de Jerusalém, refugiados e colônias; estados árabes para concordarem a negócios de paz com Israel.

      Em 15 de abril de 2004, o presidente dos EUA, George W. Bush, ofereceu a Israel asseverações sobre os convênios de paz visionados resultantes do Mapa de Estrada – a saber que a posição dos EUA era que naqueles convênios

      1. Israel retivesse centros de população maiores locados ao oeste da linha do armistício de 1949, “à luz de realidades novas no solo”;
      2. os refugiados palestinenses tivessem permissão de se colonizar no seu estado novamente criado, mas não no Estado de Israel.

      A morte de Arafat e a Autoridade Palestinense nova

      Em 11 de novembro de 2004, Yasser Arafat faleceu num hospital de Paris. Levado por avião ao capital francesa para receber tratamento duma doença não-revelada, a morte de Arafat sinalou o fim das suas quatro décadas como líder do povo palestinense.

      Em janeiro de 2005, Mahmoud Abbas foi eleito como o presidente novo da Autoridade Palestinense. A seguir da sua eleição, Abbas fez declarações numerosas contra continuar a violência palestinense, tendo também alcançado um convênio com Hamas e Jihad Islâmico para cessar-fogo (tahadiya). Recentemente, no entanto, tensões aumentaram entre as várias facções palestinenses, primariamente por causa de disputas sobre os resultados das eleições municipais. Fica para ver se Abbas possa cumprir os cometimentos palestinenses, sob tanto o plano de paz do Mapa de Estrada como dos acordos de Oslo, para desarmar os grupos terroristas.

      O Plano de Desengajamento de Israel

      Esperança para os prospectos de paz revivera nos meses recentes. A morte de Yasser Arafat e a eleição do seu sucessor, Mahmoud Abbas, fomentaram a expectação duma era nova em relações entre israelis e palestinenses. Dentre desse contexto, o Plano de Desengajamento de Israel, introduzido em dezembro de 2003, deve ser considerado como passo importante para frente.

      Sempre desde que a Guerra dos Seis Dias trouxe o Banco Ocidental e a Faixa de Gaza sob administração de Israel, o seu status esteve em contenção. Israel era forçado a fazer essa guerra em auto-defesa, sendo os territórios disputados tidos, não como o objeto de conquista, mas sim para fazerem parte de negociações eventuais para paz duradoura.

      Embora Israel tenha elos históricos, necessidades de segurança e outros interesses vitais que estão diretamente a esses territórios disputados, nunca era a intenção de Israel governar sobre uma população palestinense larga. Israel está disposto como sempre a atender os interesses vitais dos palestinenses nessas áreas. A meta é alcançar um assentimento justo que permita aos dois povos a viverem em paz e seguridade genuína.

      Israel demonstrou a sua disposição de negociar terra por paz no seu tratado de paz de 1979 com o Egito, quando deu de volta tudo da península do Sinai. Essa decisão incluiu sacrifícios penosos, inclusive o desmantelamento da cidade de Yamit e o desarraigar de todas as colônias do Sinai.

      Hoje, Israel está balançado para evacuar todas as colônias da Faixa de Gaza e quatro colônias do norte do Banco Ocidental, uma iniciativa que será o primeiro teste prático da possibilidade para coexistência pacífica com a Autoridade Palestinense sob a liderança nova de Mahamoud Abbas. Esse movimento corajoso para terminar o empate no processo de paz segue mais que quatro anos de derrame terrorista de sangue que trouxe sofrer incontável a tanto israelis como palestinenses.

      Preparações para implementar o Plano de Desengajamento do governo, que foi endossado na Kneçet (o parlamente israelense) em outubro de 2004, receberam um impulso de bom acolhimento na cúpula de Sharm el Sheikh no fevereiro de 2005. Na cúpula, o primeiro ministro Ariel Sharon e o presidente da PA Abbas ambos declararam um fim à violência, renovando formalmente o diálogo para paz..

      O Plano de Desengajamento não substitui negociações, mas poderia fazer uma contribuição importante à renovação de conversações de paz visadas no Mapa de Estrada patrocinadas pelos EUA, a União Européia e as Nações Unidas – previsto, naturalmente, que a PA elimine a infra-estrutura de terrorismo. É a visão de Israel que as negociações diretas entre Israel e os palestinenses sobre esse status final resultarão no estabelecimento de relações pacíficas plenas entre Israel e o estado palestinense.

      Provisões chave do Plano de Desengajamento

      As provisões seguintes foram aprovadas pelo gabinete israeli em 6 de junho de 2004. Alguns dos detalhes foram modificados em conformidade com contatos entre Israel partes relevantes, inclusive Egito, o Banco Mundial e outros.

      As cidades e aldei


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